sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Seríamos máquinas?

Máquinas de prazer
de dor
angustia
calor

Máquinas de guerra
de calma,
ansiedade
amor

Máquinas de sentimentos
serotonina
dopamina
morfina

Máquinas de falar
de vender
se iludir
consumir

Máquinas de se perder
sonhar
amar

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A morte

Thiago Marques

Bela, suave, alívio para a alma, 
o sofrimento lhe busca, a angústia clama por ti. 
O fim de tudo, de todas as obrigações, 
de todos os deveres, 
de todo o peso que o mundo impõe. 

Competir, competir, ter sucesso, sobreviver. 
Ganhar, ganhar, trabalhar, dinheiro, poder. 
A indiferença, a insensibilidade são o resultado.
A falta de sentido, a chegada. 
Vender-se, o destino. 

Não existe mais paz
É preciso comprá-la
Não temos mais vida
Está enterrada

O coração e a mente estão cansados,
zonzos, atormentados

Neste mundo não há felicidade
Há consumidores, vendedores
e olhares perdidos no vazio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A busca e a chama

          Há muito tempo busco um sentido para a vida. Um sentido que faça a vida em todos os seus aspectos e formas valer a pena. Afinal, por que nascemos, por que morremos?, por que existimos? Nietzsche diz que "quem tem uma razão para viver é capaz de suportar qualquer coisa". Qualquer coisa, qualquer sofrimento, qualquer dor, qualquer dificuldade.  Mas o que é ter uma razão para viver? É ter um objetivo? Ter uma meta? Projetos? E onde está essa razão? Naquele que a tem ou na própria vida?
           Sempre busquei um sentido, e essa busca nunca foi fácil. E cada vez mais percebo que essa busca está fadada ao fracasso, à frustração. Mas não porque não existe um sentido, , o problema não está nele, mas na própria busca. A vida em si, o mundo em si não comporta um sentido. Não existe um sentido absoluto. Nem mesmo um sentido pronto e acabado para a vida de cada um. Isso é uma ilusão.
           Porém, tal constatação não deve ser motivo de sofrimento. Se a vida tivesse um sentido em si mesma, ela seria triste, chata, comum, não teria graça. A beleza da vida, principalmente da vida humana, é poder criar sempre um sentido para ela, somos nós que damos o sentido. E cada um de nós é capaz de criar um sentido diferente, até mesmo de recriá-lo sempre que necessário.
           Buscamos um sentido, mas por que nunca o encontramos? Porque não se trata de uma busca, mas de uma decisão. Trata-se de olhar para dentro e deixar a sua potência, o seu fogo interno queimar e te fazer viver. O sentido da vida é ela mesma, a própria chama que corre nas veias de cada ser nesse universo.

Thiago V. Marques

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados...Antonio Barreto‏





FONTE: Constantin​o Stopinski Filho e Gabriel Montilha







Antonio Barreto
Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.


BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Para Thaís

Gosto de ti bagunçada...
Como os cabelos jogados ao ar
Gosto de ti aos gritos
No silêncio do teu falar

Gosto de ti de sapatilha
Sem saltos e de all star
Brincando com os meus olhos
Com o teu sorriso e com o teu caminhar

Gosto de ti carinhosa
Entrando em meu peito
Voando em meu ser

Gosto de ti como és
Linda e suave brisa
Do meu amanhecer

T.V.M

Primeiros versos

(para Thaís Maia)

Não sei ao certo o que por ti sinto
Mais parece um encanto
Ou pétalas debruçadas sobre o mar

Sentidos em ritmo de fuga
Ao ver-te, em mim deliram
Penetram meu corpo
Rasgam-me o ser

O que fizeste? O que fizeste?
Incendiaste meu coração
Lançaste-me ao amor

Não sei mais onde estou
Se em mim ou em ti

Agora estou perdido
Perdido em teus lábios
Em teu cheiro e em teu olhar

Como a brisa em meio ao vento
Como o céu em meio ao luar

Thiago Vasconcelos, 11 de março de 2011