terça-feira, 16 de novembro de 2010

Flor de azul

Thiago Marques

E onde foi parar?
Aquela
Flor de azul
Sentida
Perdida
Sem sol
Sem mar
Que rondava
Cantava
Beijava
Tocava
Acariciava
Tudo
Aquilo
Que
Em
Mim
Pulsava?

Tempo

O que é o tempo?
Seria a espera incessante do mar?
Ou o mar de agoras que não se deixam tocar?.


(Thiago Marques)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Esquecer...

Thiago Vasconcelos

Preciso acalmar meu coração
Preciso viver, preciso esquecer...

Esquecer do encanto dos seus olhos
Estrelas cintilantes na escuridão

Preciso acalmar meu coração
Preciso curar as feridas, preciso curar a tristeza

Tristeza que me mata, que me corta
Me afunda, me destrói.

Preciso reverter o feitiço
Acordar do encanto

Encanto triste que me encanta
tristeza triste que me maltrata

Preciso esquecer...
Esquecer você...




Na medida do impossível

Ana Cañas

Mesmo que eu te esqueça
Me ame
Mesmo que eu minta
Se engane
Caso eu fique viva
Eu só quero diversão
E caso eu te seduza
É só um pouco de atenção

Mesmo que eu não queira
Tenha pressa
Mesmo que eu não saiba
Não interessa
Em caso de emergência
Tenha muita paciência
E caso eu me atreva
Por favor, me beba

Na medida do impossível
Veja tudo como é
Planejando a minha fuga
Vou ficando aqui, a pé

Não me deixe aqui
Não me deixe a pé



Pétalas...

Thiago Vasconcelos

Pétalas de sangue
rodeiam o coração
submerso na tristeza
Ferido por dentro

Pétalas de sangue
sem amor, sem destino
Perdidas no vazio

Pétalas de sangue
Pétalas de mim...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Esperança

Mas quem sabe,
Tudo passe...

Tudo passe,
E tudo acabe

Tudo durma
E novamente
Acorde

A dor sare,
a luz venha...

triste, mas venha
me acalentar
me beijar

E a alegria
Possa ressurgir...
Alegre
E linda...




Sim, estou sem esperança...

Thiago Vasconcelos Marques

O amor é uma droga...
que envenena, que nos destrói

O amor é a coisa mais triste...
é a tristeza perfeita.

O amor não devia existir...
Deveria desaparecer...

Não quero mais amar
Nem sonhar, nem acreditar...

De que adianta? De que adianta?
Tudo perdido, tudo acabado...

Desespero, desabafo
Estou morto...

Viver? Pra que?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O que nos resta?

Thiago Vasconcelos Marques

O que nos resta do tempo?
Talvez os pétalas
Caídas, perdidas...

O que nos resta da noite?
Talvez o brilho sem brilho
das estrelas sem canto...

O que nos resta da vida?
Talvez um toque
Tocado, sem luz...

O que nos resta do coração?
Talvez o mar
Coberto de rosas...

O que nos resta do amor?
Talvez um olhar
Um desejo, um luar...

O que nos resta de nós?
Talvez um beijo
Esquecido, sem voz...

Que tal?

Thiago Vasconcelos Marques

Que tal acordarmos a noite?
Sim, a noite.
Aquela que dorme sozinha no céu...

Que tal acordarmos o dia?
Sim, o dia.
Aquele que dorme sozinho dentro do seu coração...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por que você?

Thiago Vasconcelos Marques

Por que as estrelas dormem tão tristes?
Cintilantes perdidas no mar
Brincantes sem pétalas sem olhar?
Por que?

Por que as luzes se escondem?
No céu perdido lá de dentro
caídas sobre o asfalto pálido?
Por que?

Por que nada se canta, nada se toca?
Nas palavras sem sentido do meu coração
Nos versos azuis e cinzas do tempo?
Por que?

Por que tudo retorna?
E recomeça sobre o mesmo ponto?
Destruindo e confortando
o vázio da minha alma?
Por que?

Por que a sua imagem permanece?
Se tudo já está perdido
Se tudo já está esquecido?
Por que?

Por que você? Logo você?
Por que?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Precisamos...

Thiago Vasconcelos

Precisamos dormir
Quando as estrelas dormem
Precisamos chorar
Quando as lágrimas cantam

Precisamos acordar
Quando os olhos se cansam
Precisamos amar
Quando o coração dói

Precisamos correr
Quando nos afogamos
Precisamos enlouquecer
Quando nos alegramos

Precisamos sonhar
Quando nos vemos
Precisamos sorrir
Quando nos perdemos

Precisamos brincar
Quando no mar caímos
Precisamos escrever
Quando a lua desponta

Precisamos não precisar
Quando nos desejamos
Precisamos nos desejar
Quando não precisarmos


Desacontecer

Thiago Vasconcelos Marques

O amor é algo que acontece
E demora desacontecer
E a tristeza, um alegria triste
A beira do chão, a beira da morte

Sonhei o insonhável
Caí sem pensar
Brinquei com o mar
Perdi nossas lágrimas

Acreditei no que devia esquecer
Nas espadas, no teu olhar
No escuro que se firmou
Ao tatear da claridade

Flores complexas
Indecifráveis
Vermelhas
Sem pétalas

O que fazer?
Esquecer, esquecer...

segunda-feira, 17 de maio de 2010